terça-feira, 28 de abril de 2009

1 de Maio

O primeiro de Maio já foi um dia de luta e resistência operária. Neste dia os trabalhadores iam as ruas cobrar seus direitos através da ação direta popular. Durante muito tempo o dia do trabalhador foi marcado por inúmeras manifestações populares e também pela forte repressão estatal e burguesa contra os movimentos sociais combativos.O 1º de Maio tem sua origem enraizada na AIT (Associação Internacional dos Trabalhadores). Os trabalhadores ligados a AIT tinham a proposta de declarar um dia de luta pela jornada de oito horas de trabalho. Mas os acontecimentos de Chicago no ano de 1886, que deram o verdadeiro significado do 1º de Maio. No século XIX as condições da classe trabalhadora eram terríveis. As condições de trabalho eram mínimas, a jornada diária era exaustiva e sub-humana, crianças e mulheres grávidas eram obrigadas a trabalhar. Com toda essa situação de extrema exploração dos trabalhadores e o avanço de idéias socialistas muitas associações e sindicatos autônomos de operários começaram a surgir e a reivindicar melhores condições de trabalho e a jornada de oito horas diárias. Esse episódio trágico que deu origem ao significado do 1º de Maio mostra como a Burguesia através do Estado trata os trabalhadores, quando estes se encontram organizados e dispostos a lutar pelos seus direitos e pela sua emancipação. Durante muitos anos as manifestações combativas e a repressão continuaram no dia do trabalhador. Atualmente a realidade dos trabalhadores não é muito diferente. Sem terra e teto, desempregados, estudantes, catadores, domesticas e todo o conjunto da classe trabalhadora ainda sofrem os efeitos nefastos do sistema capitalista que, agora se apresenta na sua versão neoliberal. Mesmo com a exploração contínua e atualizada do sistema capitalista o sentido de resistência e luta do 1º de Maio anda meio perdido e vemos a maioria dos movimentos sociais e sindicatos realizando festas e eventos para divertir os trabalhadores neste dia que tratam apenas como mais um feriado. Não reconhecem mais o 1º de Maio como um dia de luta e resistência. O que nos anima é que uma parte dos movimentos sociais já se deu conta da apatia e do reformismo que vem imperando na maioria dos movimentos e sindicatos existentes. Muitas lutas começam a ser travadas de forma direta e, movimentos autônomos e horizontais, baseados na ação direta popular voltam a ser uma realidade e relembram a memória dos companheiros que tombaram lutando pela liberdade e pela autonomia dos trabalhadores frente aos patrões e ao estado.Nós, anarquistas, seguimos firmes na construção de movimentos populares combativos e autônomos da classe oprimida. O 1º de Maio é dia de luta, não de festa e conciliação!

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